Durante o julgamento de Lindemberg Alves, os jornalistas Rodrigo Hidalgo e Márcio Campos da TV Bandeirantes afirmaram não acreditar que a imprensa tenha exercido qualquer tipo de pressão sobre o assassino da jovem Eloá. Ele refutaram a tese da defesa de que a presença massiva da mídia tenha contribuido para o desfecho trágico do caso.
Em entrevista ao Observatório da Imprensa, o professor de comunicação Muniz Sodré afirma que "a televisão interfere na vida real".
Fazendo com que o sujeito passe a agir para um público, ela cria um mundo virtual e impossibilita o julgamento da pessoa no ambiente real.
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A questão não é da presença da mídia no julgamento, mas a cobertura durante e depois do fato criminoso. Fato que culminou em tragédia, influenciado também, pela desastrada operação policial, a qual foi "abafada" pela mídia dominante.
ResponderExcluirPior que ter influído negativamente no desfecho do episódio é o fato de próceres da imprensa minimizarem ou mesmo declararem a não existência dessa influência.
ResponderExcluirAlgo que me incomoda nesse tipo de cobertura da mídia é como uma parcela dela suga a informação até a sua última gota e em dado momento a notícia flamejante de hoje perde o lugar para a próxima e assim por diante. Casos como o do assassinato da Eloá viram coqueluche em todo o seu processo natural do acontecimento ao julgamento (e consequente prisão dos envolvidos) e depois, puff! Desaparece como num passe de mágica. A imprensa tem sua influência sim sobre os espectadores, à medida em que (ao menos uma parcela dela) usa a informação dos fatos como meio insuflatório da emoção alheia, uma vez que a comoção popular dimanante de casos como esse é fácil e certeira. Contudo não é absoluta.
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